quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sentenced Soil - Uma promessa de peso


Olá amigos leitores do Portal! Hoje venho falar de uma banda relativamente nova, a Sentenced Soil, banda de São Paulo que eu tive a grata surpresa em conhecer através de um evento ao qual a minha própria banda irá se apresentar. Após ouvir seu som em alguns vídeos, logo me interessei em noticiá-los aqui para a galera que ainda não conhece, ou para os que conhecem e querem prestigiar o trabalho da banda. Vamos bater um papo muito agradável com a Jenny, vocalista da Sentenced Soil.


OPDM - Olá Jenny, conte para nós um pouquinho sobre a Sentenced Soil, quem deu início ás atividades da banda e quando foi?

Antes de mais nada, obrigada Vivi por nos dar esse apoio/oportunidade. É muito gratificante perceber que o nosso som está alcançando patamares maiores, e isso só nos motiva!
Bom, o início da banda foi em Julho de 2010, eu (Jennifer) iniciei o projeto junto com um dos ex-integrantes da banda, onde de início seríamos um Draconian Tribute (até então, éramos os únicos no Brasil a fazer esse trabalho).
Conseguimos coisas bacanas pra banda, o próprio vocalista do Draconian nos deu uma força com as letras que não estavam completas na internet, e também, comentou nossos vídeos reconhecendo nosso trabalho e dizendo se sentir muito grato pela homenagem (algo muito foda para uma banda que, na época, tinha pouco mais de um ano de atividade!).

OPDM – Ultimamente essa pergunta não pode faltar em qualquer entrevista que façamos. Como é levantar a bandeira da música autoral no Brasil, no estilo Doom Metal especialmente?

Então Vivi... as bandas de Doom Metal são verdadeiras guerreiras nesse cenário musical do Brasil! Tanto elas, quanto todas as outras de todos os outros estilos! Fazer som autoral é literalmente quebrar barreiras. Ainda mais agora, com essa crise, as coisas tendem a ficar mais difíceis, porém, não é motivo para desisitir. Jamais. A Sentenced Soil hoje, está mais amadurecida e não colocamos nosso som como "Doom Metal" mais, por mais que isso tenha sido um episódio importante na nossa história e nos tenha ajudado a evoluir muito como músicos. Inclusive, somos gratos por todo o aprendizado que tivemos nesse período e é algo que jamais deixaremos de reconhecer. Porém, nosso som está agressivo/pesado com as partes melódicas que compõem nossa característica, mas não acreditamos mais fazer "Doom". É claro que, ouvimos nossas bandas preferidas (Paradise Lost, Draconian, My Dying Bride e até Amorphis na fase antiga ainda são boas influências) e etc, mas, nosso som não tem esse "Doom", devido ouvirmos também outros estilos. Nosso som representa a nossa verdade, o que curtimos tocar, ouvir, escrever e fazer. Seria muito ruim se pensássemos em limitar a nossa vontade, então, resolvemos exteriorizar, de forma mais amadurecida, as nossas composições. Acredito que vocês vão curtir, o nosso som tem pegada e claro que todo amante do METAL curte esse estilo justamente pelo PESO.

OPDM - Qual é a resposta do público em relação a uma banda no comando de uma frontwoman?

(risos) Ah... tem as piadinhas né? Aquela coisa de fazer show e alguém gritar aqueles elogios que só quem é mulher escuta e etc (risos). Porém, a galera dá uma força tremenda, a receptividade é tão boa que chega a ser muito recompensador todo nosso trabalho e todas as dificuldades que passamos (afinal, só quem é do underground sabe o que é ter banda e manter-se firme!).
Nunca ouvimos coisas desmerecendo nosso trabalho; muito pelo contrário!
A galera chega pra elogiar, pra dizer que curte o que fazemos e que quer logo nosso EP! Isso dá um gás nas composições que você nem faz idéia!
Vamos longe pois estamos trabalhando com muito afinco pra mostrarmos nossa arte pro mundo. Mas não só isso, levaremos pra onde formos todo esse apoio que o público nos dá!



OPDM - Fale um pouco sobre cada um de vocês.

Então, (risos), falar de cada um é uma tarefa difícil! Mas, vamos lá. Resumidamente, é mais ou menos isso: O Airton é o cara centrado que vai dando os toques pra arrumar os arranjos e etc; O Denner é o cara que pega essas infos e vai jogando nos riffs para criação das músicas. Também é um dos caras que pega no pé pra criação das melodias; O Raziel é o baterista que não vê só a sua parte (estudo de bateria), mas ajuda e dá os pitacos para melhor construírmos as músicas, deixá-las mais coerentes. Eu (Jennifer) fico cuidando da parte da organização da casa (merchandising, contato com casas/produtoras, gerenciamento das atividades). Também faço as letras e participo da criação dos arranjos. Temos um novo integrante agora (Caio - baixista), e ele está nos ajudando a melhorar o que já foi criado e também participa das coisas novas que estamos fazendo. Porém, por mais que cada um tenha uma parte funcional importantíssima para o andamento da Sentenced Soil, olhamos pra mesma direção e damos nosso sangue pra fazer disso algo grande e verdadeiro!
Nossa meta é conseguir instigar as pessoas à ouvirem nosso som, conseguirmos tocá-las com a nossa música! E claro, ajudarmos na cena, fortalecer o cenário que as bandas já estão ajudando a criar dignamente! Ainda há muito pra fazer, mas vamos chegar lá, afinal, "o milagre não vem até você" (trecho de uma música do Project 46 - Se Quiser).

OPDM - Como funciona o processo de produção da banda? Normalmente de quem são as ideias para as composições?

Olha, isso depende muito. Às vezes numa jam já rola metade de uma música, às vezes vem a letra primeiro e depois rola a melodia, isso depende.
A parte instrumental fica a cargo dos meninos, eu contribuo mais com as letras.

OPDM - Quais são os planos futuros da banda?

Expandir, expandir, expandir! (risos) Ah, estamos correndo atrás de patrocínio, parcerias, etc. O processo de gravação do nosso Ep "Bitter Lands" está num ritmo bacana, então acreditamos que por volta de Março/2016 já teremos as músicas prontas pra divulgação. E claro, queremos fazer shows por aí, levar nossa música pra esse Brasil (e fora dele também, por quê não?), fazer a galera banguear e agitar conosco!

OPDM - Como contratar a banda para shows?

Eu vivo com esses e-mails abertos no celular, então assim que as pessoas mandam as mensagens eu respondo na hora.

OPDM - Suas considerações finais.

Bom, queria aproveitar mais uma vez para agradecer essa chance de mostrar um pouco do que a Sentenced Soil é. Estamos na batalha do Underground e tivemos experiências únicas. A cena está aí, é preciso união da galera e que as pessoas não se intimidem de ir em shows de bandas autorais. Apoiem, comprem os cds, camisetas, acompanhem o trabalho das bandas pelas mídias digitais! Da galera que nos acompanha temos só que agradecer, a reciprocidade é muito bacana! Desde o começo sempre deram o maior apoio, e agora as pessoas sempre perguntam sobre o Ep e etc!!
MUITO OBRIGADA!!!
E tem mais coisas vindo por aí, as novidades sempre são postadas nas nossas mídias, logo logo tem coisa por lá!
Mais uma vez obrigada, e estamos juntos no corre! " 




Eu que agradeço a sua disponibilidade de estar conversando e contando um pouco sobre seu trabalho aqui no Portal. Amigos, esse foi o Sentenced Soil, espero que curtam a matéria e o som deles que está ai abaixo, enjoy!! Até a próxima \,,/




quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Nightchildren -Retomando suas atividades em grande estilo


Fala galera que acompanha O Portal Death Mask e suas matérias sobre o Underground brasileiro! Hoje venho trazer uma banda que esteve na história da cena carioca e que após um longo hiato, retorna aos palcos com toda a garra. Vamos conversar com a NightchildreN (clique aqui para ver a página da banda).

Olá banda, espero que curtam nosso papo e sem mais demora, vamos ao que interessa!



OPDM – Mônica, sabemos que a NightchildreN nasceu em 2003. Conta pra nós um pouquinho dessa história, quem deu a ideia do início desse projeto?

Mônica: A ideia inicial partiu de mim e do Paulo, queríamos fazer uma banda que tivesse elementos sombrios, melancólicos e pesado. E que neste projeto pudéssemos expressar nossos sentimentos e influências musicais. Corremos atrás de integrantes para fazerem parte da banda. Paulo e eu já tínhamos muitas coisas compostas e então passamos o som pra o restante dos músicos, entramos no estúdio e ensaiamos durante uns 7 ou 8 meses direto e daí partimos para a cena e fizemos centenas de shows no circuito underground.




OPDM – Paulo, é possível perceber de maneira muito clara as influências na musicalidade da Nightchildren. Ali passeiam o Gothic, o Doom e o Black Metal, porém ainda existem elementos de outros estilos dentro das suas composições. Como vocês se intitulam? Se um fã perguntar hoje qual o estilo da NightchildreN, qual seria a resposta correta?

Paulo: Na verdade um estilo pré-definido não existe na banda e eu sempre deixei isso bem claro para todos...temos realmente influências de tudo isso que você citou, porem nunca me preocupei em assumir um rótulo especifico. Sempre me preocupei em fazer a música que vinha em minha mente, e como eu ouço inúmeros estilo de Rock entre outros estilo de música fica muito difícil de fazer algo único. Tenho uma bagagem musical muito vasta e se sentir que devo incluir qualquer "estilo' nas músicas e se ficar bom e agradar primeiramente a nós mesmos da banda com certeza farei sem nenhuma preocupação.

OPDM – André, para vocês, como é levantar a bandeira da música autoral no Brasil?

André: Trabalhoso, mas ao mesmo tempo recompensador fazer o som que se acredita, não se importando com modismos e padrões!!!

OPDM – Mônica, a Nightchildren tem dois vocais, assim como a maioria das bandas de Gothic Metal dos anos 90 em diante, influenciadas pelo Theatre of Tragedy e seu Metal “A Bela e a Fera”, que era o termo dado a quem utilizava o recurso dos vocais líricos femininos e guturais masculinos. Essa leva de bandas dos anos 90 influenciaram vocês? Vocês se espelham em alguma banda ou vocalista?

Mônica: Sim, com certeza. As bandas que mais me inspiraram e me inspiram foram o Theatre of Tragedy, Lacrimosa, The Gathering e Tristania. Sempre me atraiu a singularidade vocal destas vocalistas. Eu procuro alcançar a minha própria singularidade vocal, minha própria personalidade, ao invés de tentar imitar qualquer uma. Quando escutamos a Liv Cristine, a Anneke, a Dolores(Cranberries) e a Anne Nurmi, sabemos de cara quem são, pois é único. É isso que almejo conseguir. No entanto, as influências da banda não vieram apenas de bandas com dois vocalistas, nos inspiramos também em Opera IX, My Dying Bride...

OPDM – Paulo, como funciona o processo de produção da banda? Normalmente de quem são as ideias para as composições?

Paulo: A maioria das letras eu escrevo junto com a Mônica, nós sempre mostramos partes de nossas ideias a agimos em comum acordo, mas sempre respeitando o espaço de cada um...as música na maioria são compostas por mim e as melodias são feitas pela Mônica, tendo música e melodias semi-prontas, passamos para o restante da banda e eles opinam e entram com a parte e influências pessoais de cada um, existindo sempre respeito e espaço para cada um expor suas ideias e arranjos.



OPDM –Todos:  Todas as bandas tem fatos inusitados que acontecem de forma inesperada... A NightchildreN tem alguma história bizarra de show, ensaio, etc.? Contem para nós.

Paulo: kkkk Temos centenas de histórias bizarras e loucas...mas a maioria tenho que deixar em OFF. Mas um fato que a gente achava legal era que sempre que a gente fazia shows chegava alguém perto de nós e falava que tinha algo "estranho" quando a gente estava no palco, algo tipo, as coisas no ar ficavam muito cinzentas e carregadas, algo estranho e sombrio. Este relato quase sempre era contado por pessoas diferentes e em locais diferentes...e nós mesmos não sabíamos o que seria... talvez porque nosso CD tenha várias passagens subliminares... mas isso é outro papo.

OPDM – Mônica, quais são os planos futuros da banda?

Mônica: No momento estamos compondo músicas novas, pois queremos gravar um CD prensado para divulgação do trabalho. Também estamos preparando um vídeo clipe e fotos oficiais para divulgação. Aguardem pois uma grande surpresa está por vir, iremos mesclar algo muito inusitado em nossas novas músicas!

OPDM – André, você é o membro mais recente da banda e após a sua entrada, os convites para eventos com certeza devem estar surgindo com mais frequência. Como contratar a banda para shows?

André: Está a maior correria, mas é bom, pois só se melhora de apresentação em apresentação. Pra contratar shows, é só falar com o Paulo, e aí ele manda as coordenadas! rsrs



OPDM – Considerações finais.


Paulo: Quero em nome de todos da NTCN agradecer ao blog O Portal Death Mask pela força e apoio e a todos os amantes fiéis do verdadeiro underground, E Àqueles que fazem deste estilo suas vidas e que nunca desistam de seus verdadeiros objetivos e acreditem em si próprios. Nada e nem ninguém podem dizer do que vocês são ou não capazes de fazer!!!! METAL RULES!!!


A galera que quiser conhecer melhor o trabalho dessa ótima banda, pode acessar os links abaixo:


Nightchildren é:
Paulo Gitano Grego
Mônica Viollet
André Noisecolla

Ficamos por aqui com esse som da NightchildreN, curtam bastante e até a próxima semana com muito Metal \,,/







quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Braves Face the Devil - O Stoner Metal de Fortaleza

Fala bangers do O Portal Death Mask, hoje teremos uma matéria super interessante com uma nova banda que promete um futuro muito promissor. Braves Face the Devil (Clique aqui para ir para a página da banda) é uma banda de Stoner Metal cearense de Fortaleza, formada em Janeiro de 2015. Recentemente lançaram "Black Wolf", sua primeira Demo com quatro músicas onde segue segundo sua página no Facebook, uma temática de guerras e conquistas interestelares entre civilizações e nações. Vamos falar um pouco com a galera da banda:

OPD - Olá Braves Face the Devil, é uma satisfação tê-los aqui conosco. Conte-nos um pouco sobre seu início e sobre essa temática abordada em suas composições?

A banda foi criada quando o baixista Hewerson Freitas decidiu aproveitar as músicas que o vocalista e guitarrista Adriano Alves já tinha criado, que foram  Born To Fight e  I'm The Executioner. O guitarrista Adriano não tinha a intenção de fazer uma banda e sim apenas compartilhar um som diferente que ele gostaria de ouvir. E que outras pessoas poderiam gostar. Após uma conversa um dos bateristas mais conhecidos da cena, Bosco Lacerda decidiu fechar o time conosco e assim começarmos à produzir as músicas em nosso home estúdio. A escolha desse tema de ficção veio por gostarmos muito de filmes do gênero, jogos, pesquisas e fatos ocorridos sobre esse tema. Que veio a calhar no  Stoner.

OPD - Como é fazer Stoner Metal autoral hoje diante das dificuldades que a cena metálica vem enfrentando?

Em nosso caso temos uma dupla dificuldade onde fazemos Stoner em uma cidade que esse estilo entre os rockers e bangers não é tão difundido. Onde ainda temos que enfrentar as dificuldades 
rotineiras da cena do Heavy Metal no Brasil foi exatamente por isso que surgiu o nome da banda Corajosos Enfrentam o Diabo, onde significa que temos que ter justamente coragem pra enfrentar todos esses problemas, uma forma de driblar isto utilizamos atualmente marketing digital da banda através das redes sociais.

OPD - Como foi a experiência da gravação da sua primeira Demo? Vocês alcançaram o objetivo esperado com esse registro?

Gravar nossa demo foi a primeira conquista da BFTD onde estávamos buscando um trabalho com qualidade profissional dentro de nossas limitações como produtores já que nosso home estúdio ainda é muito básico, como alguns amigos nossos falam "vocês tiraram leite de pedra.". Não atingimos o nosso objetivo o qual seria que esse trabalho nos proporcione um alicerce para o primeiro álbum ser lançado pois precisamos de muito apoio para isso, mas nós estamos conquistando isso aos poucos e vitórias importantes como a primeira resenha pelo blog Metal Nerd e recentemente pela revista Roadie Crew e agora essa entrevista com vocês nos faz acreditar que estamos cada veis mais perto de alcançar nossa meta.

OPD - Ainda falando da Demo Black Wolf, vocês a estão disponibilizando para download. Nesses pouco tempo do lançamento, como tem sido a receptividade do público com o material?

O lançamento da demo unicamente em mídia digital está nos proporcionando uma grande felicidade, pois em apenas 15 dias alcançamos a marca de 100 downloads e esse número só tem crescido desde então. Temos fãs divulgando nossa demo em redes sociais como Facebook, Youtube, canais do gênero, web rádios, parceiros, coletâneas e afins. Varias criticas positivas vem aparecendo sobre nosso trabalho tanto por brasileiros quanto por gringos.

OPD - Vocês como uma banda relativamente recente, o que tem a dizer para essa galera que, como a Braves Face the Devil está começando um projeto?

Bem o primeiro conselho é produzir cada música com raça, sangue e ter paciência pois independentemente do gênero produzir é algo que tem que ser feito com cuidado. Além de apenas se importar com o trabalho musical, mas é importante estudar a cena como um todo, buscar contatos, apoiar a cena local e ter a consciência que ter uma banda é a mesma coisa que ter uma empresa onde muito dinheiro deve ser investido. Respeite sempre o seu público! Aceite criticas, sejam elas 
positivas ou construtivas, e não se abale com criticas destrutivas elas sempre vão existir. Acredite sempre que os sonhos e objetivos podem se tornar realidade.


OPD - Agradeço mais uma vez a participação de vocês aqui no O Portal Death Mask, desejando muito boa sorte na carreira da banda e que vocês obtenham cada vez mais o reconhecimento merecido.

Fiquem com o som de Black Wolf:




Braves Face the Devil é:

Adriano Alves (Guitarra e voz)
Hewerson Freitas (Baixo)

Bosco Lacerda (Bateria)

Links para download: 

Mega:  https://goo.gl/OeuN9V
4shared:  http://goo.gl/CBgL3v


Terminamos por aqui mais uma entrevista underground no Portal. 

Até a próxima.