terça-feira, 12 de julho de 2016

Hatematter -Entrevista

A banda paulistana Hatematter, traz uma sonoridade bem coesa, apresentando um Power Death Metal. Fundada em 2007, trazem ao público seu álbum de estréia intitulado “Douctrines”, logo em seguida lançaram também seu primeiro vídeo clipe “No Conscience”. A banda começa a atingir seus objetivos no cenário independente e em 2014 lançam o seu segundo trabalho também gravado no Norcal Studios (SP) e com produção de Brendan Duffey, baseado na obra de ficção científica de Isaac Asimov, tendo o primeiro single "The Plan" lançado no começo de 2015, mostrando uma banda naturalmente amadurecida. Com uma nova formação a banda segue turnê, contando agora com os músicos Luiz Artur (vocal), André Martins (baixo), Gustavo Polidori (guitarra), André Buck (guitarra) Lucas Emídio (bateria).

Confiram a entrevista que a galera do Hatematter proporcionou ao Death Mask!!


Fotografia by Caike Scheffer


OPDM - Luiz como está sendo para você fazer parte desta nova formação do Hatematter, já que a banda passou por várias formações ao longo da carreira?

Luiz Artur (vocalista) Em julho vai fazer um ano que entrei no Hatematter e posso dizer que esta é a banda que eu mais tive prazer em fazer parte até hoje! Toco metal há 25 anos e nunca (em minha carreira) participei de uma banda em que os integrantes fizessem tanto pelo projeto! O bom é que esta dedicação toda, reflete muito bem no trabalho da banda. Este “time” se diverte muito tocando e isso, é essencial para que tudo role numa boa! Não conheci outras formações do Hatematter mas posso afirmar que esta formação está “redonda”, pois todos se dão muito bem!


OPDM - Como tem sido a aceitação do público com esse novo trabalho de estúdio? E quais são as expectativas da banda com essa nova turnê?

Luiz Artur (vocalista) - Os shows tem sido bem intensos! É muito legal ver em nossos shows, bangers mais “antigos” se divertindo junto do pessoal mais novo. Percebemos que o material agrada muito a galera toda e a recepção quanto ao material do Foundation tem sido muito positiva por parte do público!


OPDM - Trabalhar com autoral no Brasil é quase uma jogada de mestre, e vocês tem alcançado um patamar bem legal no cenário independente, como você enxerga as dificuldades não só do Hatematter mas como de outras bandas que lutam por um espaço no cenário musical?
Luiz Artur (vocalista)Isso sempre foi bem difícil em se tratando de “cena underground Brasileira”. Tanto que, é muito comum ver bandas nascerem e “morrerem”, independente da banda durar pouco ou muito tempo, tendo uma postura mais profissional ou não enfim, muitas bandas vem e vão, a cena continua existindo e inclusive de uns 15 anos pra cá, observo que o público acaba reciclando. O que quero dizer é que boa parte da cena (tanto bandas como público), acabam por motivo diversos, mas sem sombra de dúvida as cobranças da vida (trabalho e estudos) aliado a falta de verba (pra manter tanto banda quanto o hobbie de ir à shows por exemplo) acaba fazendo isso tudo se “perder”. Cada banda que persiste, é composta por guerreiros, pois fazer isso no Brasil, é tarefa das mais difíceis!


OPDM - Vocês tem influências de Carcass à Candlemass, como essas bandas de tão diferentes sonoridades contribuem no som da banda?


Gustavo Polidori (Guitarra)A verdade é que essas bandas fazem parte do “caráter musical que cada membro adquiriu em sua própria experiencia individual. É graças a isso que podemos inovar e nos manter dentro de uma proposta muito característica e com múltiplos horizontes na sonoridade.


Fotografia by Leonardo Benacci

OPDM - Este segundo trabalho de estúdio "Foundation", traz uma temática bem interessante, abordando, o tema de ficção cientifica de Isaac Asimov, gostaria que você falasse a respeito deste trabalho.


André Martins (Baixo) - É sempre legal abordar temas que fogem um pouco do nosso dia a dia e levam a gente para um universo diferente. Em tempos tão conturbados queríamos levar para o público algo que gostamos e que faz com que nos sentíssemos bem, com isso a obra Fundação, de Isaac Asimov, foi escolhida pela sua profundidade, qualidade e, principalmente, por apresentar o Sci-Fi que tanto gostamos. E sempre é interessante trabalhar em um álbum conceitual, desde o começo precisamos nos preocupar com a coerência de tudo, desde as letras até o último riff... temos uma história para contar. E ficamos felizes em ver que o resultado final agradou tanto aos fãs de Metal quanto de Sci-Fi!


OPDM - Gostaria de te agradecer imensamente por essa entrevista, e que vocês pudesse deixar um recado para os fãs da banda!


Luiz Artur (vocalista)É clichê, mas direi algo que me faz muito sentido! A cena, é composta por bandas, casas de shows, produtores. E pra isso tudo caminhar bem, depende do público prestigiar material das bandas e shows locais. Por outro lado, as bandas e produtores (num modo geral) precisam “acordar” pra realidade de que, é necessário melhorar mais e mais pra poderem se destacar. Não adianta levar tanto bandas quanto eventos, no amadorismo pois isso faz tudo soar meia boca e o público não é obrigado a aceitar qualquer coisa. Então galera, melhoremos mais e mais e se possível, Uni-vos! Só assim o metal poderá um dia, ter o devido reconhecimento no Brasil


Grande abraço pra todos e Bia, muito obrigado pelo espaço e apoio!



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Email para contato: hatematter@gmail.com
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Instagram da banda: @hatematter
Contato da imprensa: http://www.asepress.com.br/music/
Assistam Hatematter no Youtube:

No Conscience

Overthrow

The Plan


Esta matéria foi realizada pela colaboradora Bia Coutinho.
Bia Coutinho é uma desenhista, tatuadora e body piercing Carioca, de Duque de Caxias. Vocalista da banda Mysttica e ex vocalista da banda deCifra me, Bia Coutinho é frequentadora da cena Metal Carioca desde a sua adolescência.


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