quarta-feira, 29 de março de 2017

Disola - Hardcore/Punk com muito peso e irreverência

Fala galera!! A entrevista da vez é com a banda Disola, formada em 2013, os meninos Diego (Suffer, Gambrinos 74, ex- Os 138), Junior (DZP) e Alan (DZP) vieram com uma proposta mais engraçada para a banda, com raízes no hard core e no punk rock, o que era pra ser um projeto paralelo virou a banda Disola. Confiram a entrevista a seguir.





OPDM - Como foi no montar o Disola? Vocês já tinham esse objetivo ou era tudo diversão no início? 

Junior: Acho que é até hoje...(Risos), Nós queríamos fazer algo paralelo as nossas bandas, fazer algo diferente, mas acabou virando algo diferente com influências do que já fazíamos... mas sem aquela pressão de soar assim ou assado, passar mensagem, fazer poesia... Barulho, curto e grosso pra se divertir e pronto!



OPDM - Como foi no montar o Disola? Vocês já tinham esse objetivo ou era tudo diversão no início? 

Junior: Acho que é até hoje...(Risos), Nós queríamos fazer algo paralelo as nossas bandas, fazer algo diferente, mas acabou virando algo diferente com influências do que já fazíamos... mas sem aquela pressão de soar assim ou assado, passar mensagem, fazer poesia... Barulho, curto e grosso pra se divertir e pronto!

OPDM - E quem acompanha a banda sabe que as letras são curtas e diretas mas, muito engraçadas. Como é a forma de composição da banda? 

Junior: Não temos uma fórmula! Algumas estavam na gaveta das nossas outras bandas... O Processo é livre, os 3 tem essa liberdade, mas o Alan é mais de dar ideias ou contar umas histórias toscas que eu e Diego transformamos em música... A maioria nasce assim! Também tem algumas que são homenagens aos amigos... (Risos), Ninguém pode passar por esse mundo sem ter sido zuado... muito menos os amigos! (Risos)

OPDM - E finalmente em 2014 vocês lançam “10 Minutos ou 2 Gols” nos conte como foi a experiência de lançar esse EP, que recebeu muitas criticas positivas mesmo sendo o primeiro trabalho da banda?


Junior: Foi muito bom! Lançamos o EP pra ter um registro, pra ser uma demo do projeto... até mesmo porque não sabíamos quanto tempo iria durar... mas ela realmente superou as expectativas de crítica, de downloads, de Views no youtube e venda de cds físicos. O EP era pra ter só 2 músicas... Acabamos fazendo a música com o nome do EP, Viraram 3 músicas... E no dia das gravações decidimos gravar logo as 5 que estavam redondas...

OPDM - Em 2015 a banda lança dois clipes produzidos pelo fotógrafo Rafael Capella “Vai cuidar” e “10 Minutos ou 2 Gols”, como foi pra uma banda que se iniciou numa brincadeira lançar dois clipes e ter uma ótima aceitação do público? 

Junior: O primeiro é bem Disola né? Na frente da minha casa, com churrasco rolando e muita cerveja! Sem pretensão nenhuma... Rock rolando solto na calçada! O Clipe da "10 Minutos ou 2 Gols" foi por acaso... o Rafael Capella, amigo de longa data, estava afim de começar a produzir Clipes também e perguntou senão queríamos ser suas cobaias... e o Clipe ficou foda! Superou todas as expectativas, por ser uma banda nova, que nunca havia feito um clipe e com um cara produzindo que também nunca tinha feito um clipe! Até hoje é o nosso preferido! Já o clipe da "Vai cuidar" o Capella já estava mais experiente, e você vê até que é melhor produzido, numa casa que é do caralho, que é o Studio B, mas foi prejudicado pelo primeiro... A repercussão do clipe da "10 Minutos" foi muito acima do esperado e recebemos elogios até hoje.



OPDM - Como se ocorreu a entrada para a Liga Hardcore, e nos conte um pouco como funciona esse projeto? 

Junior: Nem nós sabemos... (Risos) A liga Hc é um projeto que visa isso né? A união das bandas independentes aqui do Rio de Janeiro. E acho q foi isso, a amizade que rolava do Disola com várias bandas que fazem parte desse coletivo acabou nos aproximando e a entrada nos proporcionou conhecer e fazer amizades com mais bandas ainda.

OPDM - Vocês também participaram da coletânea física e virtual “Liga Hardcore RJ-volume 1”, e tem participado ativamente de shows, sites e outros da mesma. Na sua opinião, como projetos como este podem vir ajudar bandas da mesma vertente do Disola? O que você pode nos falar sobre a cena underground do hard core? 

Junior: A ideia é essa mesmo... União de bandas pra realizar eventos, intercâmbios, coletâneas, um divulgar o outro, as vezes certa banda não pode tocar e vê quem está interessado em substituí-la, ou sabe de um evento que está rolando e passa o contato pros outros... saca? a parada tem que servir pra isso, um ajudando o outro, e eu acho isso muito importante... A coletânea mesmo acaba sendo uma banda mostrando as outras pro seu público... O Disola mostrou 24 bandas pro seu público que por sua vez também mostraram o Disola para os seus! Eu vejo mais união na Cena Underground que nos anos anteriores, mas pode ser também que vejo isso porque fiz mais amigos... né?(Risos). Mas cara, sempre vai ter a galera que está pra desagregar, pra atrapalhar e ficar de mimimi... o importante é correr com quem está afim de fazer o inverso, de quem está afim de somar, de união e respeito!



OPDM - Para finalizar a entrevista gostaria de agradecer imensamente pelo tempo concedido ao blog Death Mask, e deixo aqui um espaço para que você possa falar um pouco sobre o futuro da banda, e deixe uma mensagem pra galera fã de vocês!! 

Junior: Poxa... nós que temos que agradecer pelo espaço e pela entrevista! Sobre o futuro a galera pode ficar tranquila que o Disola deu uma pausa, mas não morreu!!! (Risos), Acho que até o fim do ano sai coisa nova, já tem coisa na agulha e músicas que não gravamos desde 2014, mas que já rolam nos shows... E vão ser lançadas com certeza! Ainda não sabemos se em forma de EP ou CD, Físico ou Virtual... mais vai sair!

Confira o clipe de "10 minutos ou dois gols":



Links do Disola:


É isso ai galera, ficamos por aqui com mais uma matéria, mais uma banda excelente para você. Curta nossa página, compartilhe para seus amigos e contribua com nosso trabalho e o trabalho das bandas. Forte abraço e até a semana que vem!!




Por Bia Coutinho

Bia Coutinho é uma desenhista, tatuadora e body piercing Carioca, de Duque de Caxias. Vocalista da banda Mysttica e atual baixista da banda Machine of War, Bia Coutinho é frequentadora da cena Metal Carioca desde a sua adolescência.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Land of Tears- Death Metal do Rio de Janeiro

Fala galera!! Estamos de volta depois desse pequeno período de férias e nosso retorno não poderia ser melhor. Vamos falar com a banda Land of Tears, Death Metal carioca. Let's go!


OPDM - Vamos começar falando do tão aclamado álbum “The Ancient Ages of Mankind”, um divisor de águas na carreira da banda. Lançado em 2014 pela Black Legion Prods. Ele foi aclamado tanto pelo público quanto pela critica. Como foi para vocês a repercussão desse disco?

Land of Tears - Esse álbum foi até o presente momento nosso melhor lançamento, ele foi nosso cartão de visitas no exterior, possibilitou e abriu portas para banda, onde jamais esperávamos, ao ponto de tocarmos e o público conhecer o set do albúm , a história da banda , etc. Eu mesmo me surpreendo com o resultado , pelo fato de ser tão denso , pesado e melódico ao mesmo tempo.

OPDM - Se tratando de Death Metal principalmente dentro do Underground carioca, a banda passou por muitos perrengues até chegar onde estão hoje, e ainda falta muito caminho pra trilharem, mas já é uma grande vitória poder fazer inúmeros shows fora do país, conte-nos com foi a  emoção de excursionar pela Europa ao lado de nomes como Nervosa e Ceremony?

Land of Tears - Após o lançamento do "The Ancient...", nós já tínhamos um cronograma todo montado, que incluía a divulgação do mesmo, clip , agenda de shows e finalizaríamos com a tour, ou seja foi tudo dentro do planejado , agora a emoção e a experiência de tocar para outro público que não o nosso não tem como prever , a resposta do público  foi excepcional, tanto  antes,  durante e  depois dos shows você tem o feedback da galera que é fanática pelo Metal Brazuca, seja por curiosidade, seja por que já conhecem nossas bandas, você percebe depois de 16 anos de banda que está no caminho certo , fazendo o que curte de verdade. O tratamento das bandas com quem tocamos e staff dos locais foi surreal, na verdade tratamento que qualquer grande nome do Metal recebe no Brasil , la você percebe que não existe distinção no underground. Que isso sirva de aprendizado pra quem se mete a ser produtor de eventos aqui em casa.

OPDM - A banda possui planos de voltar a fazer turnês fora do Brasil?

Land of Tears - Sim temos planos para a próxima tour, assim que lançarmos o novo álbum que está em fase de composição, entrara no novo cronograma.
 
OPDM - O Land of Tears é uma das bandas mais extremas em termos de Death Metal no Rio de Janeiro na atualidade. Mas no inicio da carreira, vocês tinham influências de diferentes estilos como o Doom Metal. Como ocorreu essa mudança ao longo da carreira de vocês?

Land of Tears - Costumo dizer que sempre fomos uma banda Death Metal, nós utilizamos de outros recursos que com o passar do tempo percebemos que não iriam mais acompanhar o nível de peso que queríamos chegar nas composições, logo foi uma mudança natural, óbvio não se faz um omelete sem quebrar os ovos, infelizmente com essa mudança tivemos que dispensar nossa baking vocals e tecladista na época, mas continuamos sendo muito amigos e não esquecemos nunca de nossa história e eles assim como muitos outros membros fizeram parte dela.




OPDM - E não só como integrantes da banda mas como músicos, como vocês definiriam a evolução do Land of Tears desde a primeira demo “ Cannon Episcope” de 2002 até “The Ancient Ages of Mankind” lançado em 2014? Não só musicalmente mas é nítido até nas vestimentas ao vivo, vocês trazem uma ornamentação que antes não víamos. Essa atitude também propiciou para que a banda mostrasse o seu amadurecimento nos palcos?

Land of Tears - Sem dúvida, a evolução faz parte da natureza humana, não seria diferente nas artes, na música, a experiência só o tempo pode proporcionar , mas o profissionalismo vem de dentro , não de uma sala de aula, nesses anos tivemos nosso amadurecimento em todos os sentidos como indivíduos e músicos, todos acabam ganhando com isso e podemos colocar em prática na banda esse know-how que adquirimos com o passar dos anos. Musicalmente evoluímos, mas tenho certeza que se tivéssemos mais tempo para dedicar a música como profissão, coisa que no Brasil é praticamente impossível viver de música, poderíamos evoluir mais ainda, mas aprendi que nós oferecemos aos outros o que temos de melhor , logo dentro de um universo de possibilidades nós sempre iremos buscar ser os melhores de acordo com a capacidade operacional de cada um na banda, fazer o melhor feijão com arroz, é o melhor negócio.

OPDM - Como tem sido trabalhar com uma das produtoras que mais tem crescido no Brasil a Black Legion Prods.? E o que os fãs podem esperar do próximo trabalho do Land of Tears, e como está o processo de composição?

Land of Tears - Eu sempre digo nas entrevistas , Alex Chagas e o staff da Black Legion Rafael Azirio e companhia são amigos e parceiros, trabalhar com eles é fácil e ajudou muito nos passos que damos juntos. No momento estamos em fase de composição do novo albúm, que deverá ter de 10 a 11 faixas , ainda sem título no momento, nossa meta é lançar um material mais pesado que o ultimo.

OPDM - O clipe faixa título do álbum “The Ancient Ages of Mankind” é o primeiro da carreira da banda, como foi a experiência de gravar esse clipe? E como foi pra banda receber tantas criticas positivas em relação ao mesmo?

Land of Tears - Foi fruto de um trabalho feito por muitas mãos, dedicação, meses de preparação , dezenas de horas de gravação,  milhares de reais investidos num sonho no qual acredito , o resultado dessa obra espero que dure por muitos anos, o legado que você deixa é o que você faz e a importância que isso tem para as próximas gerações, espero que seja assistido por muitos anos. Ele sem dúvida foi nosso passaporte para a tour que fizemos 2016 pela Europa, foi a cereja do bolo do "THE ANCIENT AGES OF MANKIND"
 
OPDM - Pra fechar a entrevista gostaria de agradecer imensamente a honra de entrevistar uma das bandas que mais sou fã, e deixo aberto o espaço para que vocês possam deixar um recado para os fãs do Land of Tears.

Land of Tears - Obrigado Bia pelo espaço cedido a nós, desejamos sucesso a vocês , ficamos imensamente satisfeitos de poder dividir com o público um pouco de nossa história e dizer a quem acompanha nossa trajetória, que ainda temos muita lenha pra queimar, nos aguardem.


Discografia:

Cannon Episcopi -demo cd-2002

intro-The beginning-instrumental
Tormented Shadows
Canon Episcopi

Total Disgrace-demo cd-2003

Vinho
Abducted
Total Disgrace
The Winter's sadness

World of pain-Ep-2008-Freemind rec.

Land of Tears 
Canon Episcopi-regravação
World of Pain
The first time and the last one
 Eternal Suffering

The Ancient Ages of Mankind- cd-2014 -Black Legions prods.

Intro
The Colossus of Rhodes
Old Legends
Cerberus
The Ancient Ages of Mankind
Forbidden God
Mega Alexandros
Pentekontóros
Omega Legions


Links:



Land of Tears live in Gorinchen Netherlands: Land of Tears - Live 05/06/2016 PoGo Gorinchem



Assista ao clipe de "The Ancient Ages of Mankind"



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Por Bia Coutinho

Bia Coutinho é uma desenhista, tatuadora e body piercing Carioca, de Duque de Caxias. Vocalista da banda Mysttica e atual baixista da banda Machine of War, Bia Coutinho é frequentadora da cena Metal Carioca desde a sua adolescência.